Seis em Fontes
No dia 26 de Julho de 2003, realizou-se em Fátima a ordenação de três padres Combonianos, entre os quais, o nosso conhecido Padre João da Costa, irmão do nosso amigo Ângelo. No fim-de-semana seguinte, dia 3 de Agosto, foi celebrada a sua primeira missa na sua terra natal: Fontes, mais concretamente na capela de Nossa Senhora da Luz.
Fontes é mais uma terrinha que fica lá por detrás do sol posto!!!!..... J Agora a sério, Fontes é uma aldeia de Trás-os-Montes situada 2 km a sul de Vila Pouca de Aguiar no distrito de Vila Real; e foi para essa bonita aldeia que Nós, Juventude Nova da Arroja, (JNA), fomos convidados, a passar uns dias e podermos juntamente com alguns membros do grupo coral da região de Fontes, “animar” a referida celebração, de dia 3.
Esta ideia peregrina de lá passármos alguns dias, partiu do próprio Ângelo, durante a ida anual do grupo à serra de Sintra. Estávamos nós na Cruz Alta, no meio de muito vento, a falar da ordenação do irmão dele quando ele teve esta grande ideia. Lá no alto, onde o coração bate mais depressa, todos nós ficámos muito entusiasmados! Mesmo muito.... Começámos logo a fazer grandes filmes! O ideal para todos, seria irmos para lá acampar na sexta –feira, dia 1 de Agosto e virmos dia 4, passando assim o domingo da celebração do padre João. Mas as coisas ficaram só de boca. A unica coisa concreta, era que iriamos ter uma reunião de preparação dia 28 de Julho, pelas 10h30 na igreja Matriz....
É claro, que nessa reunião, e como seria de esperar, não estavam nem um terço das pessoas que queriam ir. Uns não podiam, outros estavam de férias..... Apenas estiveram presentes o Ângelo, o Válter, o Diogo Caleia, o André Silva, o Tiago Vieira e o Filipe, que chegara atrasado!!! Sendo somente estes jovens que acabaram por ir!
A reunião foi um pouco estranha, digo eu.... falámos das coisas como se fosse um passeio em que iriamos de manhã e viriamos à noite. As coisas só começáram a ser mais sérias quando o Ângelo nos sugeriu irmos já no dia seguinte e não na sexta-feira. É claro que era completamente impossivel! Qual seria a reacção dos nossos pais?? Por isso combinámos ir na quarta-feira. Além disso já não iriamos acampar, mas sim para uma casa que ele nos tinha arranjado, argumentando ele, que assim seria muito melhor! É claro que não nos convenceu!!! E que também não era preciso levar comida nem fazermos de comer para os seis dias.... Aí as coisas ainda ficaram mais sérias! Mas quem é que nos ia fazer o comer e pagar toda a comida?? Não podia ser.... pelo menos a comida deviamos ser nós a paga-la!
Bem, a reunião acabou tão depressa como começou, pois o Vieira já sabia os horários e os preços das camionetas para a Vila Pouca. Rapaz eficiente!!!
O combinado foi estarmos todos às 7h30 da matina na Gare do Oriente a fim de comprarmos os bilhetes!!
E ficou tudo por aqui. Mal sabiamos nós onde nos íamos meter, e o quão divertido iriam ser esses seis dias.
Ah! E o que iamos sofrer por confiar no Vieira ..... claro!!!
Dia 30 de Julho de 2003.
4ªFeira.
O dia começou bem cedo para todo o pessoal, quer dizer para quase todo, pois para um de nós nem sequer tinha terminado o dia anterior...
Tal como combinado, às 7h30 estávamos os cinco, na Gare do Oriente. O Ângelo já tinha ido para cima no dia anterior a fim da preparar tudo....
Comprámos os bilhetes com Cartão Jovem e lá fomos nós para a paragem. Esperámos....esperámos.... e com 30min de atraso a camionete lá apareceu!! Por fora, o veículo nem era nada de especial, até tinha um bocado mau aspecto, mas por dentro nem era assim tão mau! Tinha dois andares, mas nós ficámos no debaixo, estava mais vazio!!! Por fim, lá partirmos nós para uma longa viagem........ , cheia de paragens pelo meio........
Primeira paragem: Fátima. Ainda nem tinhamos aquecido o lugar quando a camioneta parou durante alguns minutos, para deixar algumas pessoas e para o motorista, juntamente com alguns passageiros irem beber os seus cafézinhos. Como nós já tinhamos bebido café enquanto esperávamos pela camioneta na Gare do Oriente, saímos apenas para apanhar ar. Fora da camioneta, o calor já se fazia sentir, calor esse que nos acompanhou durante toda a viagem e todos os dias da nossa estadia.
Segunda paragem: Viseu. Nessa cidade a paragem foi de 1 hora para que todos os passageiros pudessem almoçar! Alguns de nós nem sabiam que era preciso almoço. Mas felizmente nessa cidade de distrito existem churrasqueiras!! Almoçámos num jardim, bem frequentado, mas com um rio que tinha cá um cheiro... Comemos, fomos a um café e enquanto estavamos à espera que o tempo passasse, estivemos a admirar a paisagem, até que começámos a parvar! E lá parvámos.... ( à pála da parvoíce alguém ganhou 2€!!!!! ) Depois de uma longa paragem lá partimos nós outra vez.....
Terceira paragem: Peso da Régua. Depois de estarmos parados um bom bocado no IP3, e de termos levado com alguém que se fartou de queixar por ter partido uma corda da viola, lá chegámos a esta cidade banhada pelo rio Douro. Aqui a paragem foi curta, por isso, pouco tardou para seguirmos de novo a nossa interminável viagem.....
Quarta paragem: Vila Real. Esta era a ultima paragem antes de Fontes, localidade onde nós queriamos sair, mas não tinha paragem. Por isso a nossa “mascote” fez-nos o favor de ir pedir ao motorista o favor de nos deixar “às portas” dessa aldeia. Ah, antes de partirmos ainda estivemos, mais uma vez a apreciar a paisagem.....
Por fim, quinta paragem: Fontes. Depois de oito longas horas de uma cansativa viagem, lá chegámos ao nosso destino! À nossa espera estava o nosso guia particular, o Ângelo; que nos fez o favor de indicar A PÉ, estando nós carregados que nem “burros”, o caminho até à casa onde iriamos ficar. Isto sob um sol abrasador....
Completamente a destilar fomos “apresentados” à casa que foi nossa por seis dias!
A casa.... Podia escrever cem folhas que nunca conseguiria transmitir o verdadeiro aspecto da casa, por isso, vou apenas referir os aspectos mais importantes deste incrivel edificio. Trata-se de uma construção antiga, de pessoas econonicamente abastadas. Ao entrarmos, dá-nos a sensação de estarmos a entrar na “Mansão”, o filme! Pois mal abrimos a porta deparamo-nos com umas escadas em madeira enormes, aliás quase tudo na casa é em madeira. Tem dois andares. O andar de baixo apresenta três assoalhadas e uma cozinha, e o andar de cima apresenta quatro assoalhadas e uma casa de banho. Tal como a casa, também a decoração é um pouco sinistra. Os quartros apresentam quadros a preto e branco, espelhos enormes, janelas por todo o lado, mobílias antigas.... Enfim, uma casa óptima para quem sofra do coração!lolol.... Sinceramente, ao inicio, não achámos muita piada à ideia de termos de dormir naquele lugar, mas depois.... todos acabámos por nos afeiçoar àquele edificio. Afinal os fantasmas não existem....
Depois da casa, fomos conhecer os pais do Ângelo: a D.Teresa e o Senhor....senhor.... ó pá não me recordo da nome...... Não interessa, o que é bom de dizer é que eles foram fantásticos para connosco.... muito simpáticos mesmo!!
Ah, antes do jantar ainda tivemos tempo de ir jogar matrecos a um café perto de casa. Havia que gastar os 2€ que alguém ganhou!!! Fomos também buscar àgua a uma fonte próxima das nossas casas. Uma fonte de àgua doce. Mesmo boa que era aquela àgua....
Depois de um óptimo jantar confecionado pela D.Teresa, e de algums momentos de conversa, retirámo-nos para a nossa casinha. Isto já depois das 22h30m.
Em casa, arrumámos as nossas coisas, cantámos, tocámos, falámos.....
Para acabar o longo dia praxámos o nosso PUTO!!! E que praxe!!!
Já passava das duas da matina quando o Ângelo se retirou para a casa de seus pais e nós finalmente nos deitámos!! O dia tinha sido longo e cansativo e havia que recuperar energias para a manhã que estava a chegar!!!
Fim do primeiro dia!
Dia 31 de Julho de 2003.
5ªFeira.
O segundo dia começou outra vez bem cedo, pois o Ângelo tinha preparado para nós um passeio matinal que acabou por se prolongar até à hora de almoço!!!
Tomámos o pequeno almoço e lá fomos nós. Objectivo: barragem. Andámos muito, mesmo muito. Passámos por florestas de pinhal, castanheiros, carvalhos, SILVAS.... mas foi bastante divertido, bem mais que se tivessemos ido pela estrada.
A pequena barragem situava-se num local alto, rodeado de àrvores. Junto à albufeira havia um bar no meio do pinhal bem simpático e com uma menina.... enquanto lá estivemos fomos pescar, ou tentar pescar, sim, porque o Ângelo levou duas canas de pesca... acho que todos tentámos a nossa sorte mas se não estou em erro, a pescaria não foi além de duas trutas. Já era mais que hora de almoço quando resolvemos voltar para casa, mas antes de virmos embora ainda tivemos tempo para mirar uma beldade que estava sentada ao sol a ler o seu livro. E que beldade!!! Claro que tinhamos de dar estrilho!!!
Atrasados para o almoço, bem longe de casa e sob um sol escaldante, lá fomos nós, agora pela estrada, para a nossa casinha. O que valeu foi que o caminho era sempre a descer!!!
Almoço na barriguita e o que na altura apetecia era uma bela de uma sesta, mas como à vinda para casa tinhamos passado por um café que até tinha bom aspecto, decidimos ir lá beber um café e...... e nada, não havia muita coisa para ver, a não ser um videoclip que estava a dar na televisão que deixou todos (novos e graudos) de boca aberta! Quase entrou mosca!!!
Estávamos nos a jogar matrecos quando apareceu o Ângelo, que tinha ficado em casa a resolver uns assuntos, para nos levar novamente à barragem! E lá fomos nós, apesar de irmos 3 no porta malas, visto que o senhor Padre João da Costa tinha levado o Subaru do irmão, a viagem correu bem! Quando chegámos ao lago, agora mais frequentado, o Diogo e o Ângelo foram de novo à pesca, o Válter foi trabalhar para o bronze, o Filipe ao café e o André mais o Chavalo voltaram a casa, a correr, a fim de buscar os calções de banho, porque a àgua estava cá com um aspecto..... e tava cá um calor!!! Foram num pé e vieram noutro! Nem uma hora demoraram, e a correr.... Alguns nem se tinham apercebido que eles tinham ido a casa! Mas depois de uma longa corrida soube bem um mergulho! Antes de virmos embora ainda vimos um fantástico pôr do sol!
Depois do dia vem a noite e depois de jantar, como a noite estava quente, fomos para um pequeno terraço da casa do Ângelo cantar! Às tantas, estávamos todos a cantar e ao mesmo tempo a olhar para o incrivel céu que a serra nos proporcionara! Até que por volta da meia noite, do lado do nascente, apareceu algo estranho no céu. Parecia uma estrela mas esta era maior que todas as outras, e brilhava de tal maneira... o mais estranho é que ela parecia estar a “mexer-se” e a mudar constantemente de tamanho! Ficámos muito intrigados. Ao inicio pensámos que fosse um foco de luz no alto da serra, mas à medida que a noite ia avançando aquela luz ia subindo no céu. Às tantas já ninguém sabia o que era! Até que chegámos à conclusão que deveria ser o planeta Vénus que refletia a luz do sol, mas ao mesmo tempo, todos nós sabiamos que Vénus anda sempre junto ao sol e apenas é visivel ao pôr do sol. E já era quase 1 hora! Mas enfim! Todos ficámos, erradamente, a pensar que era Vénus, quando na realidade se tratava do planeta Marte que após 60 mil anos “resolveu” vir visitar a sua vizinha Terra! Há com cada coisa!!!!
Depois de mais umas canções lá acabamos por nos retirar para a nossa mansão a fim de descansar um pouco! O pior foi que a noite não acabou por aqui! Mas isso são outras histórias!!!
Fim do segundo dia, e fim do mês de Julho!
Dia 1 de Agosto de 2003.
6ªFeira.
No dia 1 de Agosto, devido ao acumular do cansaço de dia para dia, resolvemos dormir um pouco mais! Nesse dia ninguém, a não ser o Ângelo que não dormia connosco, foi tomar o pequeno almoço, pois havia parceiros que tinham vindo carregados de bolachas, e era pecado deixá-las estragar..... Entretanto, e como o tempo voa chegou o almoço e depois de almoço, o nosso amigo, levou-nos no seu carrão, à populosa Vila Pouca de Aguiar, (sim, porque lá por ser Vila não quer dizer que tenha poucas ..... pessoas).
Em Vila Pouca fartámo-nos de caminhar, em busca de algo, mas esse algo estáva sempre entre os macacos!!! Incrível como tão novas e....
Por volta das quatro horas e sob um sol escaldante (pa variar), decidimos ir dar um mergulho, mas desta vez todos levaram os calções de banho! A àgua estáva óptima, mas as condições do interior daquela suposta praia fluvial deixavam um pouco a desejar!
Nesse dia ainda fomos ver o pôr do sol a casa, visto que os nossos planos era ir para casa mais cedo, tomar um banho de àgua FRIA, jantar e ir à noite de novo à Vila, visto que iria haver lá festa.
Antes de jantar, ao cair da noite, fomos com o padre João, que havia chegado nesse instante, a um castelo em ruínas, onde lá ele celebrou uma missa, visto que os padre têm de celebrar missa todos os dias! No meio de muita confusão, toques de telemóvel do próprio padre e muita cera derretida, lá se celebrou a santa eucaristia, que mesmo com todos estes percalços foi muito bonita, para além de profunda...
E tudo o que estáva planeado se cumpriu!
No entanto a noite desiludiu alguns de nós! E para não variar A CULPA FOI DOS MACACOS!!! ( e não estou a falar do programa de televisão!!)
Já passava da meia noite quando fomos para casa! Nesse dia foi logo tudo para as caminhas! Aliàs o André decidiu mudar de cama. Quer dizer de quarto! Decidiu mudar de ares. Foi experimentar a cama do quarto ao lado, que pelos vistos era mais confortável! Para variar, o primeiro a adormecer foi o nosso dorminhoco de serviço: Filipe!!
Ah! Deste dia, há a salientar que ainda antes de nos deitármos estivemos a falar sobre a eventual visita de dois amigos que no dia seguinte, Sábado, iriam passar a noite connosco, e como tal, todos concordámos que eles haviam de ser praxados. E o ideal era que na noite em que eles dormissem connosco, houvesse trovoada, e como naquela altura até pairavam algumas nuvens no céu, havia sempre a esperança de no dia seguinte.... É claro que o caloiro entusiasmou-se de mais!!!!
Fim do terceiro dia! Estão a passar tão depressa!
Dia 2 de Agosto de 2003.
Sábado.
O dia acordou nublado e permaneceu assim o dia todo! No entanto o ar estava quente e abafado. Ou sejas as condições atmosférias estavam favoráveis à ocorrência de trovoadas.
Ao acordarmos, estivemos a escrever pequenos textos sobre certos e determinados objectos que iriam ser entregues no ofertório da Missa Nova do Padre João. Estava a aproximar-se a grande velocidade o verdadeiro motivo que nos levou àquela terra.
Passámos o resto da manhã a molengar!
Nesse dia, à hora de almoço tivemos o prazer de conhecer uma irmã do Ângelo e do João, e uma Amiga deles.
Depois de almoço, e a seguir ao nosso indispensável café e partida de matrecos, fomos à capela da Sra. da Luz, ao nosso primeiro ensaio, para a missa do dia seguinte, com o grupo coral de Fontes e arredores.
O local onde fomos ensaiar, foi o mesmo onde se celebrou a missa do Padre João! A capela era pequena e situa-se no meio de uns quantos terrenos agricolas, agora deixados de monte, mas que em tempos teriam servido de lameiros e terrenos de sementeira.
Quando lá chegámos, deparámo-nos com pessoas de todas as idades, desde graúdos a miúdos!! Ao inicio, e como era de esperar, nós sentimo-nos um pouco “à parte”, com todas as pessoas a olharem para nós, com pensamentos do tipo: “Quem são estes?” “O que é que estão aqui a fazer?” Depois de começar os ensaios, as pessoas começaram a ver-nos com outros olhos, excepto duas raparigas francesas que pareciam “comer-nos” com os olhos!!! Já nos estavam a incomodar!!
Das musicas que iriam ser cantadas, quase todas eram do nosso conhecimento, apenas variavam a nível de ritmos, o que não ofereceu qualquer dificuldade ao nosso violador que se adaptou muito facilmente! Também o que é que esperavam deste jovem talento???
Como o Padre João esteve quatro anos no Congo, uma das músicas teria de ser africana, e essa música foi o “Bwana” cantado no Acto Penitencial, acompanhada pela flauta e pelo Djambé!
Entretanto a flauta, sem qualquer tipo de experiência e ensaio, interviu também na melodia de uma outra musica. O que um flautista sofre!!!
Além das raparigas que não tiravam os olhos de cima de nós havia algumas pessoas interessantes, como a menina que tocava orgão: a Isabel! Muito simpática a rapariga, no final do ensaio, emprestou-nos o livro “Canta Amigo Canta”, sem nos conhecer de lado nenhum!
Os outros membros do coro também eram simpáticos. É claro que a nosso mascote deu barraca! E que barraca! Ao querer ensinar os gestos do Pai-Nosso Galego! Ai meu Deus......... Que bronco!
Logo a seguir aos ensaios regressámos à nossa casinha. O casal nosso amigo estava quase a chegar e havia que preparar a “praxe”. Ah, o céu estava agora carregado, e ao fim da tarde ouviram-se alguns trovões, mas muito longe. Tinha inclusivé pingado. Mas nada de especial.
Foi então que eles chegaram. Vinham com um ar muito cansado, pois segundo eles tinham saído de manhã muito cedo! Mas o que é que andaram a fazer para só teram chegado àquela hora?? Isso só eles é que sabem...
Estivemos um pouco a falar com eles e ainda antes do jantar fomos apresentar-lhes a nossa mansão, na qual eles iriam passar a noite de Sábado para Domingo! Foi então que o Almeida, como lhe chamava a Ana, começou a entusiasmar-se demais!!! Que paciência!! O casal não tardou em fazer comentários à casa. Que era muito sinistra... como é que nós conseguimos dormir ali.... se não estava assombrada........ entre outros!!!
Instalados, lá fomos todos jantar! E foi então que se atingiu o “pico” de pessoal a comer em casa dos pais do Ângelo! Primeiro eram só eles e nós, com o aproximar do fim de semana, foram chegando os irmãos do nosso grande amigo, e para este jantar contámos também com a presença do nosso padre João e com amigos dele!! A casa estáva repleta de pessoas!
Durante o Jantar, o nosso guitarrista, ou será violador?, apanhou um valente susto ao entornar a sopa para cima de si próprio! Mas não foi nada de muito grave! Na altura não teve piada nenhuma, mas agora quando nos lembramos.... é claro que a Ana Isabel tinha de comentar! Aliás ela nunca estava calada! Sinceramente acho que deviam fazer um Big Brother em que os únicos concorrentes seriam o Almeida e Ela! Acho que devia ser muito, mas mesmo muito interessante!!! Lololol....
Ao fim da janta, fomos um pouco à Vila, pois a festa continuava. Mas desta vez fomos com a companhia do nosso casal amigo! Quer dizer nós no Subaru e eles no Mercedes. O nosso Almeida foi fazer companhia ao casal! Coitados!!!
Durante a viagem, e já em Vila Pouca, demos um estrilho..... então o Ângelo.... Ai meu Deus!!!!!
Para variar não ouvimos nada de jeito, e o que vimos de interressante tinha macacos!!!!! Quer dizer encontrámos um grupo de seis raparigas, mas infelizmente e muito por culpa nossa, não nos deram muita bola!!! A noite estáva agradavel, mas havia que voltar para casa, pois o grande dia aproximava-se. E a grande noite também!!!! J
Todos se aprontaram para dormir, o Ângelo também já se tinha ido deitar, quando de repente a Ana se lembrou de fazermos uma oração! Foi uma oração muito rica em que todos partircipámos. Foi um momento especial, no qual nem o Ângelo, que estáva ausente, deixou de participar!!!!
Luzes apagadas e.... altura da praxe!!! Lololol.... É claro que nós não vamos dizer que tipo de praxe é que foi! E não vale a paena subornarem-nos, que nós não dizemos nada, certo? Se algum dia tiverem a curiosidade de saber, venham connosco àquela localidade passar umas noites naquele casarão que nós vos contaremos TUDO! Está prometido......
Eram já duas da manhã, quando depois de algumas lágrimas e muitas gargalhadas, nos deitámos, finalmente, para dormir!! No entanto, depois de dois minutos de silencio, começaram os foguetes em Vila Pouca. Pum..Pupurum... pum..pum! Isto quase meia hora! Acaba o fogo e começa um conjunto a tocar. Musicas muito porreiras! O que nós estávamos a perder......
Entretanto ninguém dormia, a não ser o nosso dorminhoco Filipe, e o nosso Almeida que entretanto também adormecera! Depois de o Zefa ter repitido mais de três vezes a seguinte frase: “Estou muito cansado e amanhã tenho de fazer mas de 400Km, nós (o André, o Diogo e o Válter) lá nos calámos. Quer dizer viemos conversar e ouvir a musica para o outro quarto. Foi um momento bom, para nos conhecermos melhor! Já era um pouco tarde quando a musica finalmente terminou, mas como se estava tão bem na janela ao fresquinho, visto que a casa estava muito quente, resolvemos lá permanecer. Foi então que começámos a ver relâmpagos que com o evoluir da noite se foram aproximando! ( É incrivel como a trovoada, sendo um fenómeno atmosférico raro e de dificil previsão, ocorreu exactamete na noite em que nós, desde quinta-feira, desejávamos que acontecesse, foi pena não ter vindo uma hora antes, pois aí.... seria the best!!!). Decidimos ir para outra janela para daí podermos mirar melhor as cargas energéticas que pareciam cair do céu! Foi então que do céu carregado de nuvens, surgiu um enorme relâmpago que nos encadeou aos três e provocou o corte de energia naquela região. Encadeados e sem luz, foi um caso complicado voltarmos ao nosso quarto. Durante a trovoada, e isto tudo já depois das quatro da matina, continuámos na palheta, pois não conseguiamos dormir com toda aquela luz que provinha do exterior e que surgia quando menos esperávamos. E ainda por cima, refletia num enorme espelho que estava pendurado mesmo à frente das janelas. Que cena!!
Por fim, e só depois da trovoada, já a luz tinha regressado adormecemos.
Dia 3 de Agosto de 2003.
Domingo.
Despertámos cedinho visto que tinhamos ensaio na Sra. da Luz às 10h. Muito ensonados, pois a noite tinha sido curta para a maior parte de nós, lá fomos. O dia estáva bonito e quente. É que nem a trovoada arrefeceu o tempo.
Estávamos lá, já à um bocado, quando o ensaio foi cancelado! Ficámos pior que estragados, mas pronto!!! O ensaio ficou assim adiado para uma hora antes da missa! Lá fomos nós para casa molengar! Sim porque estavamos de olhos abertos mas practicamente a dormir!!!
Durante a manhã, ainda cantámos e ensaiámos algumas musicas!
Depois de um almoço, em que a casa voltou a estar cheia, tudo se foi preparar para a grande celebração.
Tudo vistido a “rigor” e lá fomos nós!!! Tinhamos chegádo um pouco cedo, o que deu tempo para ainda visitarmos a capela, visto que depois seria complicado, pois a missa era do lado de fora e depois para entrar.....
A tarde estava a ficar esquisita. O céu estava a cobrir, e o receio de todas as pessoas era que chovesse durante a eucaristia. Mas não, o que cobriu o céu foi um espesso manto de fumo proveniente de fogos a kilometros e kilometros de distância e a unica coisa que caiu do céu, foram cinzas provenientes dos incêndios que lavravam por todo o país. Isto tudo acontecia sem nós não nos apercebermos. Sabíamos que havia fogos pelo país e que havia já alguns dias que o calor era imenso. O que nós não sabiamos era a verdadeira dimensão do que se passava. A vaga de calor que estava sobre o continente tinha já batido recordes na grande maioria do país, para não falar na quantidade de incêndios... foi então que o azar bateu à porta de um de nós. De um momento para o outro, depois de um telefonema, um dos nossos, ficou triste, mesmo muito triste. De Lisboa, tinham vindo noticias de que o fogo estava perto da aldeia dos pais do nosso amigo!
Eram já 15h15 quando começámos a ensaiar! E algumas musicas ainda nós não sabiamos. Tudo levava a crer que o coro iria dar “barraca” num momento tão importante, não só para o padre João, como também para todas aquelas pessoas que tinham vindo de muitas paróquias, algumas muito distantes, visto que havia mais de cem anos que ninguém daquela região se havia tornado padre.
Pouco passava dos quatro quando a missa começou. Foi uma celebração muito bonita, cheia de amor, humildade, alegria... quanto às musicas, umas melhor que outras lá se cantaram e tocaram. Nem foi assim tão mal!!! Graças a Deus!
Ao fim da eucaristia, que não demorou mais que duas horas, e depois de tirarmos algumas fotografias, todas as pessoas tiveram direito a um “farto” banquete no pinhal da barragem.
Depois de “matar o bicho” fomos para um penedo tocar e cantar algumas musicas, juntamente com a Isabel e as suas duas primas. A Isabel era aquela menina simpática que tocava orgão. Bonita, jovem, alegre... é pena ser de tão longe. Lixa é a sua terra, e segundo ela é dos locais mais bonitos do mundo, sendo lá, que gostaria, se possivel, fazer a sua vida!! Foi-se embora ao anoitecer, mas antes deixou-nos o seu contacto!! Pode ser que um dia nós lhe façamos uma visitinha!!
A noite caíu e tinha chegádo a hora de irmos embora quando ..................... fomos reconhecidos, (sim porque a nossa fama de artistas já chega além fronteiras!!!!), por alguém que nos pediu, quer dizer quase nos obrigou a irmos ao meio da esplanada do bar tocar e cantar alguma coisa! Que cena! Quem adorou tudo isto foi o Vieira, claro!!!! Ele e a fama........
Já sem o casal nosso amigo, que tinham voltado para Lisboa ainda durante o lanche, fomos passar a ultima noite no nosso casarão! Sim, a ultima noite tinha chegado! L
Mas era a ultima noite e havia que aproveitá-la!!! J
É claro que como mascote, quem havia de sofrer era o menino......
Mas desta vez as coisas não correram muito bem... logo ao inicio, enquanto dois elementos estavam a preparar tudo, alguém deu um espalho brutal!!!! Mas isso ainda proporcionou alguns minutos de gargalhadas inacabáveis mas depois... quando as coisas se viraram para o lado do Vieira.... o caldo entornou-se e as coisas aqueceram... e muito!!! Mas isso são àguas passadas!!!!
Para piorar as coisas, cada vez vinham mais más noticias do centro do país, visto que o fogo queimava tudo à sua passagem e um membro do grupo estáva cada vez mais aflito. Nessa noite ele foi dormir para outro quartro onde outrora dormira o André. Situação compreendida por todos!
Sendo essa a ultima noite, e já o Ângelo tinha ido para a sua casa e o Vieira estava também a dormir, os restantes elementos do grupo mantiveram-se na palhota e a observar alguns comportamentos estranhos do Almeida até às tantas pois tinham como objectivo ver o nascer do sol! Coisa que não aconteceu, visto que pouco passava das quatro da manhã quando todos caíram no sonho. Eles ainda puseram os telemóveis para despertar mas...... acordaram já depois das dez!!!!
Dia 4 de Agosto de 2003.
2ªFeira.
O dia começou preguiçoso para todos!
A manhã foi dedicada a varridelas e arrumações, pois o previsto era sair de casa logo depois de almoço, visto que o André e o Diogo deviam estar em Lamego por volta das quatro horas!
Coisa que não aconteceu!!!! Mas a culpa não foi de ninguém. O Ângelo é que teve a necessidade de se ausentar por um tempo!
Nesse dia, foi o unico dia em que vimos um pouco do Jornal da Tarde. Em todos os canais as noticias eram as mesmas.... 72 fogos incontroláveis, milhares de bombeiros no terreno, 2500 militares a ajudarem os bombeiros....., isto para não falar das centenas de pessoas que já tinham morrido devido às altas temperaturas não só em Portugal, mas também em toda a Europa Ocidental.... enfim, o que seis dias de intenso calor provocaram.....
Depois de uns jogos de matrecos e snooker, voltámos para baixo a fim da nos despedirmos daquela que foi a nossa casa durante seis dias!
O calor era, nesse dia, insuportável... e o Ângelo que não chegava! Nós não tinhamos pressa mas havia pessoas à espera de alguns de nós!
Entretanto, quando o Ângelo chegou, foi tudo tão rápido.... nem tivemos tempo para agradecer tudo o que os pais dele fizeram por nós! Desde todas as refeições que foram óptimas e fartas, à companhia e alegria que nos transmitiram, à disponibilidade para nos ajudarem em tudo, o cuidado que tiveram com o Filipe, pois ele esteve uns dias constipado; e com o Diogo, quando ele se queimou na sopa.... que pais. Podemos mesmo dizer, que eles, foram os nossos pais durante aqueles seis dias! E desde já, um muito Obrigado por Tudo!
E lá partirmos nós....
Pelo caminho ainda vimos um primo do Subaru, que tentou puxar por nós, ou pelo carro..... mas ele ia tão carregadito... mas como já dizem os antigos: “Devagar se vai ao longe”!
Por fim, lá chegámos a Lamego. Foi o fim da viagem para dois elementos! Esse foi o momento em que todos nós apercebemos que aqueles dias de parceirismo e verdadeira amizade tinham chegado ao fim! L Havia necessidade de cada um voltar à sua vida. No entanto todos prometemos guardar segredo de certas e determinadas coisas que aconteceram. Não é nada de mal, mas foram coisas nossas que apenas se compreendem quando vividas. Talvez um dia, voltemos àquela localidade, mas com mais alguns amigos, e o interessante era que eles vivessem tudo pela primeira vez e não depois de já alguém lhes ter contado tudo. Percebem?? Espero que sim.....
Tempo para despedidas....
Pouco depois, lá partiram os outros quatro, agora já mais “à larga”, para Odivelas.
A viagem, acho que correu bem! Ainda chegaram aos 230Km/h.....
E foi o fim daqueles seis dias que ficarão para sempre nas memórias de cada um!
Resta-nos agradecer a uma pessoa especial que poucos conheciam e de um momento para o outro passou a ser alguém importante para nós.
UM MUITO OBRIGADO, ao nosso amigo, ao nosso guia, ao rapaz que teve tanta paciência para nos aturar, aquele que nos transportou para todos os lugares aonde fomos: ÂNGELO.
André
Fontes é mais uma terrinha que fica lá por detrás do sol posto!!!!..... J Agora a sério, Fontes é uma aldeia de Trás-os-Montes situada 2 km a sul de Vila Pouca de Aguiar no distrito de Vila Real; e foi para essa bonita aldeia que Nós, Juventude Nova da Arroja, (JNA), fomos convidados, a passar uns dias e podermos juntamente com alguns membros do grupo coral da região de Fontes, “animar” a referida celebração, de dia 3.
Esta ideia peregrina de lá passármos alguns dias, partiu do próprio Ângelo, durante a ida anual do grupo à serra de Sintra. Estávamos nós na Cruz Alta, no meio de muito vento, a falar da ordenação do irmão dele quando ele teve esta grande ideia. Lá no alto, onde o coração bate mais depressa, todos nós ficámos muito entusiasmados! Mesmo muito.... Começámos logo a fazer grandes filmes! O ideal para todos, seria irmos para lá acampar na sexta –feira, dia 1 de Agosto e virmos dia 4, passando assim o domingo da celebração do padre João. Mas as coisas ficaram só de boca. A unica coisa concreta, era que iriamos ter uma reunião de preparação dia 28 de Julho, pelas 10h30 na igreja Matriz....
É claro, que nessa reunião, e como seria de esperar, não estavam nem um terço das pessoas que queriam ir. Uns não podiam, outros estavam de férias..... Apenas estiveram presentes o Ângelo, o Válter, o Diogo Caleia, o André Silva, o Tiago Vieira e o Filipe, que chegara atrasado!!! Sendo somente estes jovens que acabaram por ir!
A reunião foi um pouco estranha, digo eu.... falámos das coisas como se fosse um passeio em que iriamos de manhã e viriamos à noite. As coisas só começáram a ser mais sérias quando o Ângelo nos sugeriu irmos já no dia seguinte e não na sexta-feira. É claro que era completamente impossivel! Qual seria a reacção dos nossos pais?? Por isso combinámos ir na quarta-feira. Além disso já não iriamos acampar, mas sim para uma casa que ele nos tinha arranjado, argumentando ele, que assim seria muito melhor! É claro que não nos convenceu!!! E que também não era preciso levar comida nem fazermos de comer para os seis dias.... Aí as coisas ainda ficaram mais sérias! Mas quem é que nos ia fazer o comer e pagar toda a comida?? Não podia ser.... pelo menos a comida deviamos ser nós a paga-la!
Bem, a reunião acabou tão depressa como começou, pois o Vieira já sabia os horários e os preços das camionetas para a Vila Pouca. Rapaz eficiente!!!
O combinado foi estarmos todos às 7h30 da matina na Gare do Oriente a fim de comprarmos os bilhetes!!
E ficou tudo por aqui. Mal sabiamos nós onde nos íamos meter, e o quão divertido iriam ser esses seis dias.
Ah! E o que iamos sofrer por confiar no Vieira ..... claro!!!
Dia 30 de Julho de 2003.
4ªFeira.
O dia começou bem cedo para todo o pessoal, quer dizer para quase todo, pois para um de nós nem sequer tinha terminado o dia anterior...
Tal como combinado, às 7h30 estávamos os cinco, na Gare do Oriente. O Ângelo já tinha ido para cima no dia anterior a fim da preparar tudo....
Comprámos os bilhetes com Cartão Jovem e lá fomos nós para a paragem. Esperámos....esperámos.... e com 30min de atraso a camionete lá apareceu!! Por fora, o veículo nem era nada de especial, até tinha um bocado mau aspecto, mas por dentro nem era assim tão mau! Tinha dois andares, mas nós ficámos no debaixo, estava mais vazio!!! Por fim, lá partirmos nós para uma longa viagem........ , cheia de paragens pelo meio........
Primeira paragem: Fátima. Ainda nem tinhamos aquecido o lugar quando a camioneta parou durante alguns minutos, para deixar algumas pessoas e para o motorista, juntamente com alguns passageiros irem beber os seus cafézinhos. Como nós já tinhamos bebido café enquanto esperávamos pela camioneta na Gare do Oriente, saímos apenas para apanhar ar. Fora da camioneta, o calor já se fazia sentir, calor esse que nos acompanhou durante toda a viagem e todos os dias da nossa estadia.
Segunda paragem: Viseu. Nessa cidade a paragem foi de 1 hora para que todos os passageiros pudessem almoçar! Alguns de nós nem sabiam que era preciso almoço. Mas felizmente nessa cidade de distrito existem churrasqueiras!! Almoçámos num jardim, bem frequentado, mas com um rio que tinha cá um cheiro... Comemos, fomos a um café e enquanto estavamos à espera que o tempo passasse, estivemos a admirar a paisagem, até que começámos a parvar! E lá parvámos.... ( à pála da parvoíce alguém ganhou 2€!!!!! ) Depois de uma longa paragem lá partimos nós outra vez.....
Terceira paragem: Peso da Régua. Depois de estarmos parados um bom bocado no IP3, e de termos levado com alguém que se fartou de queixar por ter partido uma corda da viola, lá chegámos a esta cidade banhada pelo rio Douro. Aqui a paragem foi curta, por isso, pouco tardou para seguirmos de novo a nossa interminável viagem.....
Quarta paragem: Vila Real. Esta era a ultima paragem antes de Fontes, localidade onde nós queriamos sair, mas não tinha paragem. Por isso a nossa “mascote” fez-nos o favor de ir pedir ao motorista o favor de nos deixar “às portas” dessa aldeia. Ah, antes de partirmos ainda estivemos, mais uma vez a apreciar a paisagem.....
Por fim, quinta paragem: Fontes. Depois de oito longas horas de uma cansativa viagem, lá chegámos ao nosso destino! À nossa espera estava o nosso guia particular, o Ângelo; que nos fez o favor de indicar A PÉ, estando nós carregados que nem “burros”, o caminho até à casa onde iriamos ficar. Isto sob um sol abrasador....
Completamente a destilar fomos “apresentados” à casa que foi nossa por seis dias!
A casa.... Podia escrever cem folhas que nunca conseguiria transmitir o verdadeiro aspecto da casa, por isso, vou apenas referir os aspectos mais importantes deste incrivel edificio. Trata-se de uma construção antiga, de pessoas econonicamente abastadas. Ao entrarmos, dá-nos a sensação de estarmos a entrar na “Mansão”, o filme! Pois mal abrimos a porta deparamo-nos com umas escadas em madeira enormes, aliás quase tudo na casa é em madeira. Tem dois andares. O andar de baixo apresenta três assoalhadas e uma cozinha, e o andar de cima apresenta quatro assoalhadas e uma casa de banho. Tal como a casa, também a decoração é um pouco sinistra. Os quartros apresentam quadros a preto e branco, espelhos enormes, janelas por todo o lado, mobílias antigas.... Enfim, uma casa óptima para quem sofra do coração!lolol.... Sinceramente, ao inicio, não achámos muita piada à ideia de termos de dormir naquele lugar, mas depois.... todos acabámos por nos afeiçoar àquele edificio. Afinal os fantasmas não existem....
Depois da casa, fomos conhecer os pais do Ângelo: a D.Teresa e o Senhor....senhor.... ó pá não me recordo da nome...... Não interessa, o que é bom de dizer é que eles foram fantásticos para connosco.... muito simpáticos mesmo!!
Ah, antes do jantar ainda tivemos tempo de ir jogar matrecos a um café perto de casa. Havia que gastar os 2€ que alguém ganhou!!! Fomos também buscar àgua a uma fonte próxima das nossas casas. Uma fonte de àgua doce. Mesmo boa que era aquela àgua....
Depois de um óptimo jantar confecionado pela D.Teresa, e de algums momentos de conversa, retirámo-nos para a nossa casinha. Isto já depois das 22h30m.
Em casa, arrumámos as nossas coisas, cantámos, tocámos, falámos.....
Para acabar o longo dia praxámos o nosso PUTO!!! E que praxe!!!
Já passava das duas da matina quando o Ângelo se retirou para a casa de seus pais e nós finalmente nos deitámos!! O dia tinha sido longo e cansativo e havia que recuperar energias para a manhã que estava a chegar!!!
Fim do primeiro dia!
Dia 31 de Julho de 2003.
5ªFeira.
O segundo dia começou outra vez bem cedo, pois o Ângelo tinha preparado para nós um passeio matinal que acabou por se prolongar até à hora de almoço!!!
Tomámos o pequeno almoço e lá fomos nós. Objectivo: barragem. Andámos muito, mesmo muito. Passámos por florestas de pinhal, castanheiros, carvalhos, SILVAS.... mas foi bastante divertido, bem mais que se tivessemos ido pela estrada.
A pequena barragem situava-se num local alto, rodeado de àrvores. Junto à albufeira havia um bar no meio do pinhal bem simpático e com uma menina.... enquanto lá estivemos fomos pescar, ou tentar pescar, sim, porque o Ângelo levou duas canas de pesca... acho que todos tentámos a nossa sorte mas se não estou em erro, a pescaria não foi além de duas trutas. Já era mais que hora de almoço quando resolvemos voltar para casa, mas antes de virmos embora ainda tivemos tempo para mirar uma beldade que estava sentada ao sol a ler o seu livro. E que beldade!!! Claro que tinhamos de dar estrilho!!!
Atrasados para o almoço, bem longe de casa e sob um sol escaldante, lá fomos nós, agora pela estrada, para a nossa casinha. O que valeu foi que o caminho era sempre a descer!!!
Almoço na barriguita e o que na altura apetecia era uma bela de uma sesta, mas como à vinda para casa tinhamos passado por um café que até tinha bom aspecto, decidimos ir lá beber um café e...... e nada, não havia muita coisa para ver, a não ser um videoclip que estava a dar na televisão que deixou todos (novos e graudos) de boca aberta! Quase entrou mosca!!!
Estávamos nos a jogar matrecos quando apareceu o Ângelo, que tinha ficado em casa a resolver uns assuntos, para nos levar novamente à barragem! E lá fomos nós, apesar de irmos 3 no porta malas, visto que o senhor Padre João da Costa tinha levado o Subaru do irmão, a viagem correu bem! Quando chegámos ao lago, agora mais frequentado, o Diogo e o Ângelo foram de novo à pesca, o Válter foi trabalhar para o bronze, o Filipe ao café e o André mais o Chavalo voltaram a casa, a correr, a fim de buscar os calções de banho, porque a àgua estava cá com um aspecto..... e tava cá um calor!!! Foram num pé e vieram noutro! Nem uma hora demoraram, e a correr.... Alguns nem se tinham apercebido que eles tinham ido a casa! Mas depois de uma longa corrida soube bem um mergulho! Antes de virmos embora ainda vimos um fantástico pôr do sol!
Depois do dia vem a noite e depois de jantar, como a noite estava quente, fomos para um pequeno terraço da casa do Ângelo cantar! Às tantas, estávamos todos a cantar e ao mesmo tempo a olhar para o incrivel céu que a serra nos proporcionara! Até que por volta da meia noite, do lado do nascente, apareceu algo estranho no céu. Parecia uma estrela mas esta era maior que todas as outras, e brilhava de tal maneira... o mais estranho é que ela parecia estar a “mexer-se” e a mudar constantemente de tamanho! Ficámos muito intrigados. Ao inicio pensámos que fosse um foco de luz no alto da serra, mas à medida que a noite ia avançando aquela luz ia subindo no céu. Às tantas já ninguém sabia o que era! Até que chegámos à conclusão que deveria ser o planeta Vénus que refletia a luz do sol, mas ao mesmo tempo, todos nós sabiamos que Vénus anda sempre junto ao sol e apenas é visivel ao pôr do sol. E já era quase 1 hora! Mas enfim! Todos ficámos, erradamente, a pensar que era Vénus, quando na realidade se tratava do planeta Marte que após 60 mil anos “resolveu” vir visitar a sua vizinha Terra! Há com cada coisa!!!!
Depois de mais umas canções lá acabamos por nos retirar para a nossa mansão a fim de descansar um pouco! O pior foi que a noite não acabou por aqui! Mas isso são outras histórias!!!
Fim do segundo dia, e fim do mês de Julho!
Dia 1 de Agosto de 2003.
6ªFeira.
No dia 1 de Agosto, devido ao acumular do cansaço de dia para dia, resolvemos dormir um pouco mais! Nesse dia ninguém, a não ser o Ângelo que não dormia connosco, foi tomar o pequeno almoço, pois havia parceiros que tinham vindo carregados de bolachas, e era pecado deixá-las estragar..... Entretanto, e como o tempo voa chegou o almoço e depois de almoço, o nosso amigo, levou-nos no seu carrão, à populosa Vila Pouca de Aguiar, (sim, porque lá por ser Vila não quer dizer que tenha poucas ..... pessoas).
Em Vila Pouca fartámo-nos de caminhar, em busca de algo, mas esse algo estáva sempre entre os macacos!!! Incrível como tão novas e....
Por volta das quatro horas e sob um sol escaldante (pa variar), decidimos ir dar um mergulho, mas desta vez todos levaram os calções de banho! A àgua estáva óptima, mas as condições do interior daquela suposta praia fluvial deixavam um pouco a desejar!
Nesse dia ainda fomos ver o pôr do sol a casa, visto que os nossos planos era ir para casa mais cedo, tomar um banho de àgua FRIA, jantar e ir à noite de novo à Vila, visto que iria haver lá festa.
Antes de jantar, ao cair da noite, fomos com o padre João, que havia chegado nesse instante, a um castelo em ruínas, onde lá ele celebrou uma missa, visto que os padre têm de celebrar missa todos os dias! No meio de muita confusão, toques de telemóvel do próprio padre e muita cera derretida, lá se celebrou a santa eucaristia, que mesmo com todos estes percalços foi muito bonita, para além de profunda...
E tudo o que estáva planeado se cumpriu!
No entanto a noite desiludiu alguns de nós! E para não variar A CULPA FOI DOS MACACOS!!! ( e não estou a falar do programa de televisão!!)
Já passava da meia noite quando fomos para casa! Nesse dia foi logo tudo para as caminhas! Aliàs o André decidiu mudar de cama. Quer dizer de quarto! Decidiu mudar de ares. Foi experimentar a cama do quarto ao lado, que pelos vistos era mais confortável! Para variar, o primeiro a adormecer foi o nosso dorminhoco de serviço: Filipe!!
Ah! Deste dia, há a salientar que ainda antes de nos deitármos estivemos a falar sobre a eventual visita de dois amigos que no dia seguinte, Sábado, iriam passar a noite connosco, e como tal, todos concordámos que eles haviam de ser praxados. E o ideal era que na noite em que eles dormissem connosco, houvesse trovoada, e como naquela altura até pairavam algumas nuvens no céu, havia sempre a esperança de no dia seguinte.... É claro que o caloiro entusiasmou-se de mais!!!!
Fim do terceiro dia! Estão a passar tão depressa!
Dia 2 de Agosto de 2003.
Sábado.
O dia acordou nublado e permaneceu assim o dia todo! No entanto o ar estava quente e abafado. Ou sejas as condições atmosférias estavam favoráveis à ocorrência de trovoadas.
Ao acordarmos, estivemos a escrever pequenos textos sobre certos e determinados objectos que iriam ser entregues no ofertório da Missa Nova do Padre João. Estava a aproximar-se a grande velocidade o verdadeiro motivo que nos levou àquela terra.
Passámos o resto da manhã a molengar!
Nesse dia, à hora de almoço tivemos o prazer de conhecer uma irmã do Ângelo e do João, e uma Amiga deles.
Depois de almoço, e a seguir ao nosso indispensável café e partida de matrecos, fomos à capela da Sra. da Luz, ao nosso primeiro ensaio, para a missa do dia seguinte, com o grupo coral de Fontes e arredores.
O local onde fomos ensaiar, foi o mesmo onde se celebrou a missa do Padre João! A capela era pequena e situa-se no meio de uns quantos terrenos agricolas, agora deixados de monte, mas que em tempos teriam servido de lameiros e terrenos de sementeira.
Quando lá chegámos, deparámo-nos com pessoas de todas as idades, desde graúdos a miúdos!! Ao inicio, e como era de esperar, nós sentimo-nos um pouco “à parte”, com todas as pessoas a olharem para nós, com pensamentos do tipo: “Quem são estes?” “O que é que estão aqui a fazer?” Depois de começar os ensaios, as pessoas começaram a ver-nos com outros olhos, excepto duas raparigas francesas que pareciam “comer-nos” com os olhos!!! Já nos estavam a incomodar!!
Das musicas que iriam ser cantadas, quase todas eram do nosso conhecimento, apenas variavam a nível de ritmos, o que não ofereceu qualquer dificuldade ao nosso violador que se adaptou muito facilmente! Também o que é que esperavam deste jovem talento???
Como o Padre João esteve quatro anos no Congo, uma das músicas teria de ser africana, e essa música foi o “Bwana” cantado no Acto Penitencial, acompanhada pela flauta e pelo Djambé!
Entretanto a flauta, sem qualquer tipo de experiência e ensaio, interviu também na melodia de uma outra musica. O que um flautista sofre!!!
Além das raparigas que não tiravam os olhos de cima de nós havia algumas pessoas interessantes, como a menina que tocava orgão: a Isabel! Muito simpática a rapariga, no final do ensaio, emprestou-nos o livro “Canta Amigo Canta”, sem nos conhecer de lado nenhum!
Os outros membros do coro também eram simpáticos. É claro que a nosso mascote deu barraca! E que barraca! Ao querer ensinar os gestos do Pai-Nosso Galego! Ai meu Deus......... Que bronco!
Logo a seguir aos ensaios regressámos à nossa casinha. O casal nosso amigo estava quase a chegar e havia que preparar a “praxe”. Ah, o céu estava agora carregado, e ao fim da tarde ouviram-se alguns trovões, mas muito longe. Tinha inclusivé pingado. Mas nada de especial.
Foi então que eles chegaram. Vinham com um ar muito cansado, pois segundo eles tinham saído de manhã muito cedo! Mas o que é que andaram a fazer para só teram chegado àquela hora?? Isso só eles é que sabem...
Estivemos um pouco a falar com eles e ainda antes do jantar fomos apresentar-lhes a nossa mansão, na qual eles iriam passar a noite de Sábado para Domingo! Foi então que o Almeida, como lhe chamava a Ana, começou a entusiasmar-se demais!!! Que paciência!! O casal não tardou em fazer comentários à casa. Que era muito sinistra... como é que nós conseguimos dormir ali.... se não estava assombrada........ entre outros!!!
Instalados, lá fomos todos jantar! E foi então que se atingiu o “pico” de pessoal a comer em casa dos pais do Ângelo! Primeiro eram só eles e nós, com o aproximar do fim de semana, foram chegando os irmãos do nosso grande amigo, e para este jantar contámos também com a presença do nosso padre João e com amigos dele!! A casa estáva repleta de pessoas!
Durante o Jantar, o nosso guitarrista, ou será violador?, apanhou um valente susto ao entornar a sopa para cima de si próprio! Mas não foi nada de muito grave! Na altura não teve piada nenhuma, mas agora quando nos lembramos.... é claro que a Ana Isabel tinha de comentar! Aliás ela nunca estava calada! Sinceramente acho que deviam fazer um Big Brother em que os únicos concorrentes seriam o Almeida e Ela! Acho que devia ser muito, mas mesmo muito interessante!!! Lololol....
Ao fim da janta, fomos um pouco à Vila, pois a festa continuava. Mas desta vez fomos com a companhia do nosso casal amigo! Quer dizer nós no Subaru e eles no Mercedes. O nosso Almeida foi fazer companhia ao casal! Coitados!!!
Durante a viagem, e já em Vila Pouca, demos um estrilho..... então o Ângelo.... Ai meu Deus!!!!!
Para variar não ouvimos nada de jeito, e o que vimos de interressante tinha macacos!!!!! Quer dizer encontrámos um grupo de seis raparigas, mas infelizmente e muito por culpa nossa, não nos deram muita bola!!! A noite estáva agradavel, mas havia que voltar para casa, pois o grande dia aproximava-se. E a grande noite também!!!! J
Todos se aprontaram para dormir, o Ângelo também já se tinha ido deitar, quando de repente a Ana se lembrou de fazermos uma oração! Foi uma oração muito rica em que todos partircipámos. Foi um momento especial, no qual nem o Ângelo, que estáva ausente, deixou de participar!!!!
Luzes apagadas e.... altura da praxe!!! Lololol.... É claro que nós não vamos dizer que tipo de praxe é que foi! E não vale a paena subornarem-nos, que nós não dizemos nada, certo? Se algum dia tiverem a curiosidade de saber, venham connosco àquela localidade passar umas noites naquele casarão que nós vos contaremos TUDO! Está prometido......
Eram já duas da manhã, quando depois de algumas lágrimas e muitas gargalhadas, nos deitámos, finalmente, para dormir!! No entanto, depois de dois minutos de silencio, começaram os foguetes em Vila Pouca. Pum..Pupurum... pum..pum! Isto quase meia hora! Acaba o fogo e começa um conjunto a tocar. Musicas muito porreiras! O que nós estávamos a perder......
Entretanto ninguém dormia, a não ser o nosso dorminhoco Filipe, e o nosso Almeida que entretanto também adormecera! Depois de o Zefa ter repitido mais de três vezes a seguinte frase: “Estou muito cansado e amanhã tenho de fazer mas de 400Km, nós (o André, o Diogo e o Válter) lá nos calámos. Quer dizer viemos conversar e ouvir a musica para o outro quarto. Foi um momento bom, para nos conhecermos melhor! Já era um pouco tarde quando a musica finalmente terminou, mas como se estava tão bem na janela ao fresquinho, visto que a casa estava muito quente, resolvemos lá permanecer. Foi então que começámos a ver relâmpagos que com o evoluir da noite se foram aproximando! ( É incrivel como a trovoada, sendo um fenómeno atmosférico raro e de dificil previsão, ocorreu exactamete na noite em que nós, desde quinta-feira, desejávamos que acontecesse, foi pena não ter vindo uma hora antes, pois aí.... seria the best!!!). Decidimos ir para outra janela para daí podermos mirar melhor as cargas energéticas que pareciam cair do céu! Foi então que do céu carregado de nuvens, surgiu um enorme relâmpago que nos encadeou aos três e provocou o corte de energia naquela região. Encadeados e sem luz, foi um caso complicado voltarmos ao nosso quarto. Durante a trovoada, e isto tudo já depois das quatro da matina, continuámos na palheta, pois não conseguiamos dormir com toda aquela luz que provinha do exterior e que surgia quando menos esperávamos. E ainda por cima, refletia num enorme espelho que estava pendurado mesmo à frente das janelas. Que cena!!
Por fim, e só depois da trovoada, já a luz tinha regressado adormecemos.
Dia 3 de Agosto de 2003.
Domingo.
Despertámos cedinho visto que tinhamos ensaio na Sra. da Luz às 10h. Muito ensonados, pois a noite tinha sido curta para a maior parte de nós, lá fomos. O dia estáva bonito e quente. É que nem a trovoada arrefeceu o tempo.
Estávamos lá, já à um bocado, quando o ensaio foi cancelado! Ficámos pior que estragados, mas pronto!!! O ensaio ficou assim adiado para uma hora antes da missa! Lá fomos nós para casa molengar! Sim porque estavamos de olhos abertos mas practicamente a dormir!!!
Durante a manhã, ainda cantámos e ensaiámos algumas musicas!
Depois de um almoço, em que a casa voltou a estar cheia, tudo se foi preparar para a grande celebração.
Tudo vistido a “rigor” e lá fomos nós!!! Tinhamos chegádo um pouco cedo, o que deu tempo para ainda visitarmos a capela, visto que depois seria complicado, pois a missa era do lado de fora e depois para entrar.....
A tarde estava a ficar esquisita. O céu estava a cobrir, e o receio de todas as pessoas era que chovesse durante a eucaristia. Mas não, o que cobriu o céu foi um espesso manto de fumo proveniente de fogos a kilometros e kilometros de distância e a unica coisa que caiu do céu, foram cinzas provenientes dos incêndios que lavravam por todo o país. Isto tudo acontecia sem nós não nos apercebermos. Sabíamos que havia fogos pelo país e que havia já alguns dias que o calor era imenso. O que nós não sabiamos era a verdadeira dimensão do que se passava. A vaga de calor que estava sobre o continente tinha já batido recordes na grande maioria do país, para não falar na quantidade de incêndios... foi então que o azar bateu à porta de um de nós. De um momento para o outro, depois de um telefonema, um dos nossos, ficou triste, mesmo muito triste. De Lisboa, tinham vindo noticias de que o fogo estava perto da aldeia dos pais do nosso amigo!
Eram já 15h15 quando começámos a ensaiar! E algumas musicas ainda nós não sabiamos. Tudo levava a crer que o coro iria dar “barraca” num momento tão importante, não só para o padre João, como também para todas aquelas pessoas que tinham vindo de muitas paróquias, algumas muito distantes, visto que havia mais de cem anos que ninguém daquela região se havia tornado padre.
Pouco passava dos quatro quando a missa começou. Foi uma celebração muito bonita, cheia de amor, humildade, alegria... quanto às musicas, umas melhor que outras lá se cantaram e tocaram. Nem foi assim tão mal!!! Graças a Deus!
Ao fim da eucaristia, que não demorou mais que duas horas, e depois de tirarmos algumas fotografias, todas as pessoas tiveram direito a um “farto” banquete no pinhal da barragem.
Depois de “matar o bicho” fomos para um penedo tocar e cantar algumas musicas, juntamente com a Isabel e as suas duas primas. A Isabel era aquela menina simpática que tocava orgão. Bonita, jovem, alegre... é pena ser de tão longe. Lixa é a sua terra, e segundo ela é dos locais mais bonitos do mundo, sendo lá, que gostaria, se possivel, fazer a sua vida!! Foi-se embora ao anoitecer, mas antes deixou-nos o seu contacto!! Pode ser que um dia nós lhe façamos uma visitinha!!
A noite caíu e tinha chegádo a hora de irmos embora quando ..................... fomos reconhecidos, (sim porque a nossa fama de artistas já chega além fronteiras!!!!), por alguém que nos pediu, quer dizer quase nos obrigou a irmos ao meio da esplanada do bar tocar e cantar alguma coisa! Que cena! Quem adorou tudo isto foi o Vieira, claro!!!! Ele e a fama........
Já sem o casal nosso amigo, que tinham voltado para Lisboa ainda durante o lanche, fomos passar a ultima noite no nosso casarão! Sim, a ultima noite tinha chegado! L
Mas era a ultima noite e havia que aproveitá-la!!! J
É claro que como mascote, quem havia de sofrer era o menino......
Mas desta vez as coisas não correram muito bem... logo ao inicio, enquanto dois elementos estavam a preparar tudo, alguém deu um espalho brutal!!!! Mas isso ainda proporcionou alguns minutos de gargalhadas inacabáveis mas depois... quando as coisas se viraram para o lado do Vieira.... o caldo entornou-se e as coisas aqueceram... e muito!!! Mas isso são àguas passadas!!!!
Para piorar as coisas, cada vez vinham mais más noticias do centro do país, visto que o fogo queimava tudo à sua passagem e um membro do grupo estáva cada vez mais aflito. Nessa noite ele foi dormir para outro quartro onde outrora dormira o André. Situação compreendida por todos!
Sendo essa a ultima noite, e já o Ângelo tinha ido para a sua casa e o Vieira estava também a dormir, os restantes elementos do grupo mantiveram-se na palhota e a observar alguns comportamentos estranhos do Almeida até às tantas pois tinham como objectivo ver o nascer do sol! Coisa que não aconteceu, visto que pouco passava das quatro da manhã quando todos caíram no sonho. Eles ainda puseram os telemóveis para despertar mas...... acordaram já depois das dez!!!!
Dia 4 de Agosto de 2003.
2ªFeira.
O dia começou preguiçoso para todos!
A manhã foi dedicada a varridelas e arrumações, pois o previsto era sair de casa logo depois de almoço, visto que o André e o Diogo deviam estar em Lamego por volta das quatro horas!
Coisa que não aconteceu!!!! Mas a culpa não foi de ninguém. O Ângelo é que teve a necessidade de se ausentar por um tempo!
Nesse dia, foi o unico dia em que vimos um pouco do Jornal da Tarde. Em todos os canais as noticias eram as mesmas.... 72 fogos incontroláveis, milhares de bombeiros no terreno, 2500 militares a ajudarem os bombeiros....., isto para não falar das centenas de pessoas que já tinham morrido devido às altas temperaturas não só em Portugal, mas também em toda a Europa Ocidental.... enfim, o que seis dias de intenso calor provocaram.....
Depois de uns jogos de matrecos e snooker, voltámos para baixo a fim da nos despedirmos daquela que foi a nossa casa durante seis dias!
O calor era, nesse dia, insuportável... e o Ângelo que não chegava! Nós não tinhamos pressa mas havia pessoas à espera de alguns de nós!
Entretanto, quando o Ângelo chegou, foi tudo tão rápido.... nem tivemos tempo para agradecer tudo o que os pais dele fizeram por nós! Desde todas as refeições que foram óptimas e fartas, à companhia e alegria que nos transmitiram, à disponibilidade para nos ajudarem em tudo, o cuidado que tiveram com o Filipe, pois ele esteve uns dias constipado; e com o Diogo, quando ele se queimou na sopa.... que pais. Podemos mesmo dizer, que eles, foram os nossos pais durante aqueles seis dias! E desde já, um muito Obrigado por Tudo!
E lá partirmos nós....
Pelo caminho ainda vimos um primo do Subaru, que tentou puxar por nós, ou pelo carro..... mas ele ia tão carregadito... mas como já dizem os antigos: “Devagar se vai ao longe”!
Por fim, lá chegámos a Lamego. Foi o fim da viagem para dois elementos! Esse foi o momento em que todos nós apercebemos que aqueles dias de parceirismo e verdadeira amizade tinham chegado ao fim! L Havia necessidade de cada um voltar à sua vida. No entanto todos prometemos guardar segredo de certas e determinadas coisas que aconteceram. Não é nada de mal, mas foram coisas nossas que apenas se compreendem quando vividas. Talvez um dia, voltemos àquela localidade, mas com mais alguns amigos, e o interessante era que eles vivessem tudo pela primeira vez e não depois de já alguém lhes ter contado tudo. Percebem?? Espero que sim.....
Tempo para despedidas....
Pouco depois, lá partiram os outros quatro, agora já mais “à larga”, para Odivelas.
A viagem, acho que correu bem! Ainda chegaram aos 230Km/h.....
E foi o fim daqueles seis dias que ficarão para sempre nas memórias de cada um!
Resta-nos agradecer a uma pessoa especial que poucos conheciam e de um momento para o outro passou a ser alguém importante para nós.
UM MUITO OBRIGADO, ao nosso amigo, ao nosso guia, ao rapaz que teve tanta paciência para nos aturar, aquele que nos transportou para todos os lugares aonde fomos: ÂNGELO.
André