Passeio JNA 2011 - Uma aventura na Arrábida
Acho que alguns ainda devem recordar as quedas entre os espinhos e a dor de braços de tanto remar. Eu, ainda sinto o sabor fresco do melão, e os ouvidos a zunir dos guinchos catruscos.
Julho, é por excelência o mês em que terminamos as actividades do ano pastoral, que culminam, por normal, num passeio/caminhada. Normalmente mais caminhada que passeio. Eheh!
Talvez pela acessibilidade, e/ou por vivermos na cidade e ambicionarmos algo que vá além do betão e do que é citadino, escolhemos sempre a serra de Sintra, como cenário intrínseco à nossa vontade de juntos almoçarmos no ponto mais alto da região de Lisboa: A Cruz Alta. Embora o culminar do dia seja sempre aquando decidimos investir por novos trilhos que terminam sempre envoltos em mato e perdidos na serra.
Neste 2011, e porque estamos mais crescidos, fomos de carro até mais longe. Quisemos conhecer uma nova serra e terminar o dia em águas mais quentes do que aquelas que nos poderiam proporcionar as praias de Sintra. Fomos até à Arrábida.
Não foi fácil lá chegar. E menos fácil ainda foi começar a caminhada matinal que programámos. Entre lamúrias, pragas, e outros que tais, fomos vencendo os obstáculos, encontrámos algumas caches, e subimos ao topo daquele monte. Envoltos no verde, com escarpas que terminavam ali tão perto, no mar. O dia era propício à praia, e nós ali a vê-la de cima, a transpirar e a desejar um mergulho.
Inspirámos fundo, carregando os pulmões de ar puro, e deslizámos por ali abaixo até ao mar. A descer todos os santos ajudam… A cair! E que quedas, algumas. Eheh!
À cota zero, e com os pés na areia quente, decidimos almoçar. Contra o calor e para mantermos a coca-cola e o melão comestíveis, usámos técnicas ancestrais. Não, não os enterrámos, mas pusemo-los no Atlântico a refrescar.
Corpo cansado, barriga cheia, deitados ao sol de papo para o ar. O dia poderia ter terminado ali para alguns de nós. Mas quisemos mais.
Do alto vimos a Anicha, sozinha, no mar. Agora à cota zero, ali estava ela à nossa frente, a clamar por companhia.
Vamos a remos? E fomos, aos pares.
A técnica de remar é tão mais fácil quando vista do areal. Parece tão… Hum… Fácil? Descobrimos que além de alguma força, é necessária uma pitada, grande, de coordenação. Não vá a canoa andar às voltas e não sair do mesmo lugar... Determinação também, até porque o mar não é uma piscina, e o vento fez-se presente.
Por fim, é essencial o desportivismo e aquele toque especial de cumplicidade. Não somos craques, nem profissionais. Mas juntos, quando realmente nos completamos, conseguimos ir mais longe, e a Anicha conquistar.
André Silva
Julho, é por excelência o mês em que terminamos as actividades do ano pastoral, que culminam, por normal, num passeio/caminhada. Normalmente mais caminhada que passeio. Eheh!
Talvez pela acessibilidade, e/ou por vivermos na cidade e ambicionarmos algo que vá além do betão e do que é citadino, escolhemos sempre a serra de Sintra, como cenário intrínseco à nossa vontade de juntos almoçarmos no ponto mais alto da região de Lisboa: A Cruz Alta. Embora o culminar do dia seja sempre aquando decidimos investir por novos trilhos que terminam sempre envoltos em mato e perdidos na serra.
Neste 2011, e porque estamos mais crescidos, fomos de carro até mais longe. Quisemos conhecer uma nova serra e terminar o dia em águas mais quentes do que aquelas que nos poderiam proporcionar as praias de Sintra. Fomos até à Arrábida.
Não foi fácil lá chegar. E menos fácil ainda foi começar a caminhada matinal que programámos. Entre lamúrias, pragas, e outros que tais, fomos vencendo os obstáculos, encontrámos algumas caches, e subimos ao topo daquele monte. Envoltos no verde, com escarpas que terminavam ali tão perto, no mar. O dia era propício à praia, e nós ali a vê-la de cima, a transpirar e a desejar um mergulho.
Inspirámos fundo, carregando os pulmões de ar puro, e deslizámos por ali abaixo até ao mar. A descer todos os santos ajudam… A cair! E que quedas, algumas. Eheh!
À cota zero, e com os pés na areia quente, decidimos almoçar. Contra o calor e para mantermos a coca-cola e o melão comestíveis, usámos técnicas ancestrais. Não, não os enterrámos, mas pusemo-los no Atlântico a refrescar.
Corpo cansado, barriga cheia, deitados ao sol de papo para o ar. O dia poderia ter terminado ali para alguns de nós. Mas quisemos mais.
Do alto vimos a Anicha, sozinha, no mar. Agora à cota zero, ali estava ela à nossa frente, a clamar por companhia.
Vamos a remos? E fomos, aos pares.
A técnica de remar é tão mais fácil quando vista do areal. Parece tão… Hum… Fácil? Descobrimos que além de alguma força, é necessária uma pitada, grande, de coordenação. Não vá a canoa andar às voltas e não sair do mesmo lugar... Determinação também, até porque o mar não é uma piscina, e o vento fez-se presente.
Por fim, é essencial o desportivismo e aquele toque especial de cumplicidade. Não somos craques, nem profissionais. Mas juntos, quando realmente nos completamos, conseguimos ir mais longe, e a Anicha conquistar.
André Silva